RR&R - Percepção

            Então eu comecei essa sessão do blog, o Random Rants & Ramblings (um modo bem esnobe de dizer que sou eu flando de coisas randômicas que vierem na minha cabeça), de uma maneira completamente diferente daquela que eu axei que faria. Axei que fosse pensar num assunto, pensar em frases legais pra por e escrever sobre alguma coisa que achasse legal. Mas eu acabei simplesmente escrevendo sem parar pra pensar com o assunto central em mente. 

  
            Claro que esse modo de escrever bem rápido e sem me preocupar muito com regras de escrita e talz tem bem mais a ver com Rants e Ramblings, mas as vezes eh preciso fazer todo um plano mirabolante pra perceber que tudo que vc precisa eh dar a volta no quarterão.      
            Hoje eu não vim com um assunto completamente formado em mente, e eu acredito/espero que de tão certo quanto da ultima vez. Eu escrevo esses textos (todos na verdade, inclusive minhas próprias historias) ouvindo incessantemente a mesma musica. Eu gosto de aproveitar a vibe da musica, não a da própria musica, mas a vibe que a musica traz pra mim, e muitas vezes os efeitos são bem diferentes dos esperados. Eu ia postar no fim do ultimo post “Done Listening to.....” mas eu....bem....fiquei com vergonha de dizer que estava ouvindo Kuroi Namida da Tsuchiya Anna... Eh uma musica bem emo e deprê mas o que ela trouxe pra mim foi muito mais a sensação de putisse comigo mesmo que expliquei no post.          

Mas isso são aguas passadas e eu já estou, literalmente, em outro país (piadinha falha mas foda-se). Na verdade não.

Ainda estou puto e todas as clausulas do outro texto ainda se aplicam. Mas bola pra frente.

            Anyway, voltando da digressão, estou ouvindo minha musiquinha aque, bunitinha, fone no ouvido, madrugada e pants.....eh soh isso que eu preciso pra escrever esses textos actually.... capaz de lá no fundo eu deixar, além do nome da musica, uma explicaçãozinha random e obscura que ninguém vai entender. Pq? Pq sim.    
            Voltando da digressão de voltar da digressão, eu vou flar hj basicamente sobre esse esquema: Percepção. Do mesmo jeito que a musica que eu to ouvindo traz uma sensação completamente especifica e muito provavelmente random pra qqer outra pessoa, cada pessoa tem seu próprio modo de perceber as coisas. E por mais bizarro ou obvio que isso possa parecer, essa percepção depende simplesmente da disposição da pessoa a ter essa percepção.   
            Quando eu fiquei sabendo que vinha pra alemanha eu sai perguntando pra todo mundo que já tinha tido qqer tipo de experiência internacional sobre como, o que, quando e porque. Sabe quanto de todas as respostas me ajudaram?  Diretamente? Porra nenhuma. Indiretamente? Eh aih que eu quero chegar. (na verdade não mas o paragrafo termina mais estilozo assim. . . )  
            Não sei se foi pela incapacidade das pessoas de transmitirem a experiência, ou minha incapacidade de perceber nuances e profundidade nas mesmas, mas sempre que alguém me dizia como que eram as coisas, o que eu ia precisar ou não precisar ou qqer coisa assim.....bem... Frase do livro que eu estou lendo!!

“Quando as pessoas lembram do passado, elas lembram dos momentos como bons ou ruins, mas esquecem que, enquanto vc vive eles, esses momentos simplesmente SÃO.”

            Alguém conseguiu entender só com isso? Pq se conseguiu to te devendo um doce, retira o seu na portaria.        
            As informações e experiências que me foram passadas vieram todas por um filtro pessoal da pessoa que transmitia, um filtro pra que as informações parecessem mais impactantes ou importantes e pra que eu levasse essa informação comigo. Mas na real as coisas são bem diferentes.       
            Ou será que sou eu que estou filtrado e predisposto a achar as coisas mais sem comuns e, as vezes, ateh sem graça?    
            “Um pouco dos dois”, responde o terceiro Neru. 
            Admito que, na minha situação atual de blablabla leia o post Paradoxos para mais informações, eu tenha relevado muitas coisas que mereciam mais atenção minha aqui do outro lado do mundo. Claro que eu to aqui num faz nem 20 dias ainda, mas eu me acostumei com as coisas muito rápido, rápido demais pra dizer que eu não perdi muitas coisas pro meu filtro de desinteresse. Isso sem contar a quantidade infinita de informação que eu absorvi antes de vir pra cá.        
            Todo o tipo de visão e experiência de pessoas que vieram e viveram ou esperavam viver situações iguais parecidas ou completamente diferentes da minha, toda essa informação verdadeira, falsa condicionada ou inventada. Quando eu cheguei aqui..... sabe quando vc sempre espera o pior de tudo e acaba sendo tudo mais suave então as coisas parecem de boa? Então. Exatamente isso.

Pulei a Linhazinha esperta aqui pq eu tava dando infinitas voltas no mesmo lugar então axo que já posso partir pra frente.     

Legal esse esquema de pular linhas....curti....

AAAAAAAAAANYWAY!!           
            Eu não vou entrar no mérito do paradoxo de novo. Eu sou um cara bem paradoxal mesmo. Mas paciência. Mas o foda eh que no momento eu estou aqui me perguntando. . . " Porra cara. E aih? “
            No ultimo post, feito antes de viajar, eu disse que tinha certeza de que mudar completamente de local e vida e whatever não ia mudar porra nenhuma na minha situação escrota. Pq eu sou o escroto responsável pela situação escrota. E agora que eu tou aqui, o qq eu posso dizer a respeito? Não tenho ideia véi. . .    
            Eu sinto em um certo nível que eu to meio que ricocheteando pelas minhas próprias paredes. Eu continuo folgado escroto e sem fazendo as coisas que eu preciso fazer. Eu continuo com o meu próprio filtro de percepção tornando as coisas ruins pra mim mesmo.
            E o que eu preciso pra esse filtro mudar? O qq eu preciso pra ouvir a musica melosa e triste e memso assim me sentir com vontade de socar algumas pessoas? O que eu preciso pro lugar completamente diferente, onde as coisas são ordenadas e diferentes e funcionam, passe a ter um efeito decente em mim? O que eh necessário pro filodaputa aqui passar a fazer alguma coisa, aproveitando que tem muita coisa a ser feita? 
            “Não tenho ideia véi. . .”    
            Esse esquema de percepção, eu já dei esse exemplo algumas vezes pra um amigo meu, é tipo quando vc ta puto. Quando vc ta com aquele stress de final de dia fracassado onde nada deu certo, o pombo cago na sua cabeça e o cachorro mijou na sua perna. Quano vc tá nesse tipo de stress vc eh grosso com os outros, manda as pessoas irem tomar no cu com farinha, e eh isso aih. Ninguem fica pensando “Hey, estou incrivelmente irritado, preciso me controlar e não mandar minha namorada ir se fuder e parar de me perguntar onde que tá a porra da bolsa dela. Vadia do caralho.”        
            É tudo por de baixo dos panos saca? Acontece sem vc perceber. Numa hora as coisas parecem chatas a na outra interessantes. A percepção das coisas muda super rápido. E quem sabe eu não esteja mudando essa percepção escrota e sem graça das coisas. Pouco a pouco.          
            Não sei se eu já disse isso nesse texto (difícil manter noção do que eu escrevo ou volto pra editar ou decido apagar pq sai demais do assunto pra coisas irrelevantes), mas tem muito a ser feito. O acumulo de informação útil e inútil na minha cabeça e minha disposição pra tornar as coisas desagradáveis não pode ficar atrapalhando minha vida (ou a minha percepção dela) por muito mais tempo.          

O texto saiu bem mais random e insatisfatório do que o esperado, mas tudo bem pq eu não tinha muito na cabeça pra flar (ou talvez coisa demais pra ordenar no papel). Admito que ainda não parei pra escrever coisas uteis, mas tenho a impressão de que será possível. Tenho uma Short Stories que queria escrever, então aos meus (3) leitores: Aguardem ok?

Escrito ouvindo: Tommy february6 – Lonely in Gorgeous           
Pq essa musica me lembra uma das garotas mais lindas que eu já conheci. E um dos tapas na cara mais fudidos que eu já levei tbm. . .